em desa LI nho



 

Palhaça

 

O tempo passa

e eu,

palhaça,

no circo maldito

choro risos



E li ane Stoducto

 

 



 



meus outros blogs

 

palavras tortas
mundodelirante



 

participando de

 

collectanea
papo de botequim
 

 

 

 

selecione

 

 
>

 

 

na poesia


 
alfabeto (márcia maia)
algumas viagens (tucassunção)
avesso do avesso (cesar)
Aurora Boreal (cidoka)
cotidiano (lia noronha)
Da busca (fabio rocha)
Desencontrados Ventos (adair)
Dôra Limeira
Erros de Semântica (mauro lima)
Fala Poética (nel meirelles)
folha de cima (rogerio santos)
Imagens e Palavras (meg)
imaginário eixo (esther)
inthemeadow (silvia chueire)
la vie en blues (felipe k)
linha de cabotagem (helena monteiro)
mizu no oto (Eiichi)
mudança de ventos (marcia maia)
nalu, ana & luciana (nálu nogueira)
Nocturno com gatos (soledade)
Noites em claro (benno asmann)
ouro d'Amina (amina ruthar)
Poesia sim (lau siqueira)
Poros e cendais (antoniel campos)
Porto do acaso (ana sampaio)
Pré-Renúncia... (lucas de meira)
proseando com Mariza (lourenço)
Sinfonia Selvagem (carolina bonis)
tábuas de marés (marcia maia)
Telescópio (nel meirelles)
Terra & Fogo
umbigo do sonho (adelaide)
Verso & Prosa (fred matos)
Vôos Blogueticos (ivy)
 

 

 

 

 

 

:: fevereiro 02, 2007 ::




DO SÉCULO QUE FINDA

(Soledade Santos)

Primeira madrugada do século –
ramalham os sobreiros
oblíquos à chuva que escorre nas vidraças
dissolvendo a nitidez do olhar e o vale
envolto em brumas e distância
(foi assim também dezembro
mês nocturno atravessado
pelo fogo de palavras esquivas).

Estendo os pés ao calor para lembrar
gestos da ternura
e rostos que o tempo levou de mim.
À luz que nasce amortecem
os últimos ecos da festa
e só o aroma do chá
subindo da chávena branca incandesce
os acordes desabridos
do vento e da chuva.

No silêncio olheirento da madrugada
abafo o lume corro as cortinas
e guardo nos olhos o espólio
do século que findou:
poeira de noites mal dormidas
e as estrelas
resgatadas ao cotão da eternidade.

[Pôr-do-Sol, Janeiro de 2001]


dito por li stoducto


::permalink::

 


:: janeiro 29, 2007 ::




ESPANTO NO OLHAR

(maju costa)

Espantados os meus olhos
já não colhem primaveras,
molham chuvas de espanto
e de espera

em sementes que já eram,
não se fizeram flores
nem amores.

Viver é guerra?


dito por li stoducto


::permalink::

 


:: janeiro 16, 2007 ::




SÍSIFO

(Helena F. Monteiro)


em passos dispersos
por vezes inoportunos
sempre ao viés da vida
nos interstícios dos acasos
perpendicular a mim
por estradas
ora reais ora imaginadas
compulsivamente


caminho para me encontrar.


dito por li stoducto


::permalink::

 


:: dezembro 30, 2006 ::

de plantão no ano novo

(lucas de meira)


que os deuses tenham pena
ao menos uma vez
ou meia

mas que tenham.

que a vida seja longa
a morte, breve

que o sonho seja grande
o susto, leve

que a sorte seja sua
mas não esqueça
de ninguém
principalmente
dos que não a têm

que eu pare de escrever a esmo
só por ter um teclado à disposição
sem disposição
para ser mais franco

e preencher este agonizante branco
com coisas menos coisas
um tanto reais

ser obrigado a estar à toa
enquanto o tempo voa
pros deuses até que é uma boa

pra mim
já é demais

nada na tevê
nada em você

quanta rima não ficou pra trás?


dito por li stoducto


::permalink::

 


:: dezembro 23, 2006 ::


NATAL NEGRO

(eliane stoducto)



para Vito Cesar



dito por li stoducto


::permalink::

 


:: dezembro 08, 2006 ::



HÁ DIAS...

(cida sousa)

há dias serenos
dias pequenos
sutis
enfim...
dia sim/dia não
dia sem pão
nem ilusão...
Há dias de dores
de amores
dias amargos
de engasgos
e há gritos
agitos
na fala
da alma
uma calma
que não se vê...


dito por li stoducto


::permalink::

 


:: novembro 29, 2006 ::

DE CIDADANIA TAMBÉM VIVE A POESIA

Petição contra aumento de 90,7% do Congresso

Eu já assinei! Minha assinatura: nº 367

-----------------
"A SOCIEDADE CIVIL PROTESTA CONTRA A INTENÇÃO DE AUMENTO DE 90,7% SOBRE OS SALÁRIOS DOS REPRESENTANTES DO POVO BRASILEIRO NO CONGRESSO NACIONAL".


Aos representantes do povo brasileiro no Congresso Nacional:

Os signatários desta Petição, integrantes da sociedade civil brasileira, vêm manifestar a Vossas Excelências protesto relacionado à proposta de aumento de 90,7% em seus próprios vencimentos.

Num país em que grande contingente da população é obrigada a viver com um salário-mínimo de R$ 350,00 (2,7% de seus salários atuais); onde aqueles que ganham acima de R$ 1.250,00 já são considerados classe média, situando-se entre os que terão sua renda taxada por imposto de 15%, onde os projetos sociais, como o Bolsa Família e o acesso universal à saúde e a educação são comprometidos pelos parcos recursos públicos , é vergonhoso, que, logo após "a festa da democracia" materializada nas eleições, os representantes do povo brasileiro ousem colocar este assunto em pauta de votação - pior é, ainda pensar, que poderá ser aprovado.

Passamos um ano inteiro vendo os projetos de lei de interesse do povo trancados na pauta de votação, pelo motivo de estar o Congresso Nacional debruçado sobre si mesmo, em apuração de denúncias internas de corrupção e falta de decoro parlamentar, logo, não podemos aceitar tal pretensão em relação aos vossos rendimentos.

Estaremos atentos e monitorando os que estiverem a favor do que consideramos um absurdo, estejam certos disso.

Deixamos registrado, através desta petição, o protesto da sociedade civil brasileira inconformada com esta manobra oportunista e repulsiva, um verdadeiro acinte à dignidade e à honradez do povo brasileiro.

E se, como desculpa para esta aprovação, vocês nos dirão que estão sendo pressionados pelo Poder Judiciário, o primeiro a reivindicar tal aumento, lhes dizemos em alto e bom som que também somos contrários.



Signatários PARA ASSINAR ACESSE O SITE ATRAVÉS DO LINK:

http://www.PetitionOnline.com/oeleitor/petition.html


1) Entrar no link http://www.PetitionOnline.com/oeleitor/petition.html

2) Preencher o "protocolo" (dando dados pedidos e e-mail)

3) Rever como ficou sua assinatura (Preview Your Signature)

4) Clicar no aprovar a assinatura (Approve Signature)



http://www.PetitionOnline.com/oeleitor/petition.html


dito por li stoducto


::permalink::

 


:: novembro 20, 2006 ::



CERTAS NOITES...

(eliane stoducto)

Certas noites eu navego
vou ao léu
ao encontro do céu
certas noites eu me entrego

Certas noites eu naufrago
bebo o breu
que pinta o céu
certas noites eu me afogo

Mas volto à tona,
volto à flor d'água
sou marinheira
de mil viagens
solto meu canto
volto sereia
deslumbro
encanto
fascino
seduzo
atraio
cativo
enredo
engano
desfaço
maltrato
tiro o compasso...


dito por li stoducto


::permalink::

 


:: novembro 03, 2006 ::



AMANHECER

[Lúcio Cardoso (1912-1968)]

A noite está dentro de mim,
girando no meu sangue.
Sinto latejar na minha boca,
as pupilas cegas da lua.
Sinto as estrelas, como dedos
movendo a solidão em que caminho.
Logo o perfume da poesia
sobe aos meus olhos trêmulos, cerrados,
ouço a música das coisas que acordam
sobre o corpo negro da terra
e a voz do vento distante
e a voz das palmeiras abertas em raios
e a voz dos rios viajantes.

E a noite está dentro de mim.
Como um pássaro,
meu sonho ergue as asas no coração da sombra.
Ouço a música das fiores que tombam,
o tropel das nuvens que passam
e a minha voz que se eleva
como uma prece na planície solitária.

Então sinto a noite fugindo de mim,
sinto a noite fugindo dos homens
e o sol que avança na garupa do mar
e as nuvens curvas que enchem o céu
como grandes corcéis de fogo cor-de-rosa
desaparecendo sugados pela treva.



in Poesias, Ed. José Olympio, Rio


dito por li stoducto


::permalink::

 


:: novembro 01, 2006 ::


PONTE

(tanussi cardoso)


Entre eu e mim
um abismo imenso


dito por li stoducto


::permalink::