:: agosto 31, 2004 ::
CURTO E CONSEQÜENTE
(Mariza Lourenço)
Foi num domingo, dia modorrento e morno, como todos os domingos. Foi ao acaso, num zoológico, do outro lado do lago: ele, a mulher e os filhos. Felizes e lindos. E eu, deste lado, irremediavelmente sozinha. Por escolha. Agora e para sempre, sem volta.
Deixei que se fossem. Nada no mundo haveria de perturbar a paisagem bonita, o canto das aves, o ronronar preguiçoso das feras. Os calmos anos de amor construído.
Amores e acidentes de percurso acontecem. Tempestades também, segundo os entendidos.
Minha avó é que sempre esteve certa: o que os olhos não vêem, o coração não sente.
dito por li stoducto
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