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:: novembro 11, 2004 ::



Brisa Marinha

Stéphane Mallarmé (1842-1898)

A carne é triste, sim, e eu li todos os livros.
Fugir! Fugir! Sinto que os pássaros são livres,
Ébrios de se entregar à espuma e aos céus imensos.
Nada, nem os jardins dentro do olhar suspensos,
Impede o coração de submergir no mar
Ó noites! nem a luz deserta a iluminar
Este papel vazio com seu branco anseio,
Nem a jovem mulher que preme o filho ao seio.
Eu partirei! Vapor a balouçar nas vagas,
Ergue a âncora em prol das mais estranhas plagas!
Um tédio, desolado por cruéis silêncios,
Ainda crê no derradeiro adeus dos lenços!
E é possível que os mastros, entre as ondas más,
Rompam-se ao vento sobre os náufragos, sem mas-
Tros, sem mastros, sem ilhas férteis, a vogar...
Mas, ó meu peito, ouve a canção que vem do mar!


do livro"MALLARMÉ", traduções e textos de Augusto de Campos, Decio Pignatari e Haroldo de Campos, editora Perspectiva


dito por li stoducto


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