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:: março 17, 2005 ::

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FRAGMENTOS

(sérgio godoy)


I

Na boca escura de sua noite

Sou frágil a seu tamanho

Incapaz de resistência

Na boca escura de sua noite

Deixo minha pele rasgar-se

Voraz é sua fome

Versátil é minha maneira

- Devora-me!



II

Com avidez mordi a fruta que de tão madura

Explodiu em minha boca

Doce

Doce sabor entre meus lábios…

Minha língua perdida em êxtase

Aos poucos tudo foi passando

Desaparecendo

Completamente de meu corpo



III

Aproximou-se de mim:

Incoerente

Mascarado

Pretendente de grande vitória

Afastou-se decepcionado

Inseguro

Ferido no peito

- Triste sedução!



III

Acordei e em meus pés um pássaro qualquer

Acabava de morrer

Agora seu corpo sem vida era apenas estátistica

Senti frio

Senti sono

Voltei a dormir



IV

Naturalmente

Pronto para servir:

Sou o pássaro morto em seu prato branco!



VI

Irei buscar-te

Mesmo que não queiras

Irei amenizar tuas lágrimas

- Simplesmente

( Sem tí também morreria )

Gritarei entre sombras e luzes

Tua voz

É minha voz

Infinito som no universo

Dois

E nada mais…



VI

Aos amores deixados no passado

Hoje trago lembranças

No futuro, minha presença

A vida com seus mistérios - Nem Marie Antoinette

Imaginaria…



VI

Eu que não suporto hipocrisia

Indiferença

Preconceitos e limitações

Solitário fico

Como ave de rapina

Atento

Meticuloso

Previsível



VII

Raízes firmes na terra

Folhas soltas ao vento

Germinar e crescer

Suceder

Momento de interdição

Infinito no horizonte…



VIII

Noite escura

Tão escura

E sem luar para nos espiar

Corro meus dedos em seu corpo

Tateando o mapa de seus cabelos

Chupando sua ereção

Gozando sobre meu peito

Umedecendo meu olhar…



IX

Na tua pele o sol

Na tua pele o sal

Brincar na areia

E se esconder

Em tuas mãos o tempo

Em teu corpo o vento



X

Teia

Aranha

Essa manha

Seu poder de paralisar

Na manhã fria

No nevoeiro

Gotas de fina chuva sobre seu olhar

Desdenhas

E

Desenha

Sua plena figura pronta para atacar

Teia

Aranha

Rendas de saliva

Balanço no ar…



XI

Revelação sem segredo

O céu aberto e simples

O vento

Revelação sem milagre

Sem pena

Sem lágrima

Revelação sem surpresa

Entregue

Exposto

Revelação sem retorno

Passagem

Movimento

Revelação de seus motivos

Inato

Inconcebível



XII

Brutalidade

Invasão

Poder e superioridade

Morre em segredo a justiça

Tudo passa rapidamente

Tudo se esquece

Pouco amor resta quando a sujeira na pele faz ferida

Expõe

E sangra

Tanta corrupção!



XIII

Em São João Del Rei

Vi bonecas de argila com olhos esbugalhados

Em Tiradentes vi igrejas caindo aos pedaços

Na Europa vi o ouro de Minas reluzindo em muitas casas…


dito por li stoducto


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