:: junho 01, 2005 ::

Carne de pescoço
(eliane stoducto)
Gosto dos malucos, doidos, desgraçados exagerados, tristes, apaixonados que praticam um suicídio tão diário por sentirem tanta sede e gana de viver
Gosto dos que crêem na própria insanidade por saberem-se humanos, limitados, miseráveis e com isto exercitam a humildade conscientes de estarem aprisionados nesta pobre casca humana até morrer
Não gosto de ares de superioridade (os parâmetros são tênues e precários!) não concedo a ninguém autoridade – Oh, esses deuses e deusas sectários – pontificando sobre a vida e o que fazer
Pois na minha prisão de carne e osso sou única, sou livre, sou colosso sou meu anjo e meu algoz, fora-da-lei sou coisa feita e carne de pescoço.
dito por li stoducto
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