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:: junho 29, 2005 ::

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LICANTROPIA


(goulart gomes)


Ardo
banhado em gasolina
fogo que consome
e não termina;
das Danaides, o tonel
fígado de Prometeu
de Sísifo, a pedra
por um beijo seu

rasgo as vestes
o pêlo, a pele
e o corvo grita
(...)
sudorese, frio, calor
arrepio, asfixia
e um uivo
(...)
onde estou? busco, perco
suas mãos, suas coxas,
seus cabelos
qualquer parte tangível
do seu corpo
os seus olhos, o seu jogo
o seu cheiro
que me afague
que controle essa chama

esse peito que se agita
esse vício que lhe clama
esse desejo que me acaba
esse homem
que lhe quer
como mulher
em sua cama

qualquer coisa
qualquer endorfina
que cesse o pulso
congele-me a retina
contenha-me a respiração

uma pedra, uma figa
um chá de alumã
que cure a febre
terçã
uma gota de menarquia
sobre o meu lábio
que pare a agonia
o desejo, a vontade
pois se sou só metade
prefiro nada ser

limbo, vácuo, dissolução
ah! horrível discrasia
sede de Narciso
que nenhum lago sacia

eu quero um tiro
de misericódia
em pleno coração
eu só quero um gozo
que me faça lobo:
- MALDIÇÃO!


dito por li stoducto


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