em desa LI nho



 

Palhaça

 

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:: abril 24, 2005 ::

TI N TO

(silvana guimarães)

Três taças de vinho e
todas as mágoas sobem à tona.
Em silêncio, saudade, ciúme
e suor, eu me consumo.

Pela janela aberta da sala de jantar
a chuva afoga a natureza morta
em cima da mesa. E eu me desafago
nos versos que não escrevo
(entre a intenção e o gesto
há sempre o espaço do sonho e sua ousadia).

Se eu fosse cega, eu não daria
um passo sequer, nem de luz acesa.
Não sei andar sem a minha sombra.

Seria eternamente sonsa e zonza,
com medo de avançar o sinal
e pisar no rabo da gata,
no fundo do corredor.
Eu, assombração zanzando
pelos seus cantos secretos,
onde se escondem você e
suas ásperas diferenças.

Eu, que estou comendo sozinha
o pão que o diabo amassou.
Eu, logo eu, que sinto tanta sede.
Eu, que era doce e se acabou.

(Eu, que só queria ser
a sua coisinha à toa.)

Eu, o vinho, a chuva, o silêncio. E o suplício
da fumaça do cigarro sozinho no cinzeiro.
Eu, que fiz do coração, tripas.


dito por li stoducto


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:: abril 09, 2005 ::

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A MESA

(marcelo ferrari)


A mesa suporta
os cotovelos do homem
que chora
sobre o pratinho de porcelana

A mesa suporta
o saleiro
o batuque do samba
o jogo do bicho

A mesa suporta
a declaração de amor esculpida
o resto de comida
o bife acebolado

A mesa suporta o fardo
o fato
o mundo de quatro


dito por li stoducto


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:: abril 05, 2005 ::

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CONTRAPARTIDA

(dôra limeira)

Chegou de repente. Pediu para ficar. Prometeu-me ouro em pó. Dei-lhe janta, colchão macio. Ele me deu doses de sêmen. Numa só noite, bebeu-me, tragou-me a existência. Perdi-me em gemidos. Adentrei orgasmos e nunca mais voltei à tona. Nunca mais voltei a mim.

E ele foi embora de repente, no dia seguinte, bem cedo.


dito por li stoducto


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:: abril 02, 2005 ::

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poema de Nel Meireles
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dito por li stoducto


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